quarta-feira, 25 de março de 2015

Imponência

Ramsés foi um faraó de imponência invulgar, não era preciso força ou violência para que isso fosse revelado. Sua presença bastava.
Ainda jovem, fora colocado à prova por seu próprio Pai. Nesta prova ele haveria de enfrentar – sem armas – nada menos que um leão. Ramsés saiu vitorioso.

Alguma prova maior de fibra? De domínio sobre seu oponente? De bravura? De imponência?

Na era de Ramsés, o Egito se curvou perante aquele que seria o mais poderoso monarca já visto. A postura do jovem era deveras diferenciada. Um simples lançar de olhos era uma ordem proferida. O poder emanava de seu corpo, toda a população o respeitava, seus inimigos o temiam.

A natureza do Verde também exige que sua imponência seja evidenciada apenas por sua presença. A entrada do time em campo deve ser intimidadora, a marcação precisa ser firme. O toque de bola suntuoso. A precisão de cada ataque deve ser fatal.

Por mais que a luta seja árdua, o dever do Palmeiras é combater seu rival com fibra e honra. Por mais forte que seja o oponente o time deve ostentar sua garra durante toda a peleja. Sem preguiça, sem apatia, sem escanteios curtos.

O campeonato estadual e seu pobre nível de segunda divisão, não nos coloca à prova. Os leões com quem lutamos nesta fase da competição, nem de longe se assemelham àqueles para os quais a Academia foi concebida para enfrentar.

A grandeza da Academia deve ser estimada apenas, e tão somente, através das batalhas travadas com adversários do mesmo escalão.

Hoje será a terceira e última partida importante a ser jogada pelo Palmeiras na primeira fase do Paulista, os outros dois perdemos. Que essa seja diferente.
Que além de um ótimo público e uma ótima renda tenhamos algo a ser verdadeiramente comemorado. Uma vitória, sobre um rival. É o desejo da torcida, é o que a alma do futebol da Academia enseja, uma noite de glória.
À vitória, Palestra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário